segunda-feira, 12 de agosto de 2013

RETIRO EM APARECIDA

O clero da Arquidiocese de Maceió reuniu-se entre os dias 5 e 9 de agosto, do corrente ano, na histórica e religiosa cidade de Aparecida, em São Paulo, para o seu retiro anual. O lugar e o ambiente não poderiam ser mais agradáveis, pois ficamos hospedados no novíssimo e moderno Hotel Rainha do Brasil, de propriedade da CNBB e da Basílica de Nossa Senhora Aparecida.

O hotel tem tudo de que se pode precisar. Na verdade é um conjunto enorme, com o hotel de cinco estrelas, uma grande capela, um belo salão de conferências e tudo relativamente perto da enorme basílica de Nossa Senhora Aparecida. 

O pregador foi o reitor do colégio santo Anselmo, de Roma. Irlandês, mas falando um português muito compreensível, embora um tanto misturado com alguma palavra espanhola. Frei Miguel, ele é carmelita da antiga observância, abordou, com maestria, temas bíblicos, relacionados com o Vaticano II, atendendo à orientação do Papa Bento XVI, quando abriu o ano da fé. O santo Padre, na época governando a Igreja, pediu aos católicos do mundo inteiro, que voltassem seus olhares, com muita atenção para a Bíblia e para o Catecismo da Igreja católica, uma vez que os católicos não conhecem bem sua fé e nem se dão ao trabalho de ler esses dois livros fundamentais para o conhecimento da nossa religião.

A abordagem do Frei é dentro da linha aplicada pelo Papa Francisco, ou seja, é numa procura de um novo modo de comunicação com o mundo atual, que se torna cada vez mais menos cristão e mais pagão. O pregador, por exemplo, nos convidou para um mergulho mais sério e mais profundo dentro de nós mesmos até dentro dos nossos abismos, para, diante da nossa fraqueza, voltarmo-nos para o Deus forte e misericordioso, conforme nos ensina o salmo 23. Ensinou-nos a conversar com o mundo de hoje, como Jesus soube conversar com a samaritana. 

Com efeito, se não formos à procura das ovelhas tresmalhadas, não estaremos cumprindo nossa missão de cristãos e muitos vão se perder por causa da nossa negligência, ou então porque não soubemos comunicar o Cristo a um mundo, que dorme no pecado e é indiferente às palavras do evangelho, que embora ditas há mais de dois mil anos, são atuais se forem pregadas adequadamente ao mundo de hoje. O Evangelho de Jesus é sempre atual, mas a maneira de ser pregado deve ser sempre mais aprofundada, para que cada geração possa absolvê-lo e aplicá-lo às suas circunstâncias.


Texto: Monsenhor Pedro Teixeira Cavalcante - Doutor em Teologia
 

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